domingo, 27 de julho de 2014

Acabou o jejum



Foto: Alexandre Lops


Até que enfim! Acabou essa seca de jogos sem vencer fora de casa, pelo Brasileirão. Eram muitos jogos com algoz fora de casa, e alguns até que se deixava a vitória escapar; Mas esta noite de sábado a história mudou.

A última vitória do Inter tinha sido em 2013, em setembro, contra o Criciuma, gol de Otávio.
Desde aí, foram os seguintes jogos sem vitórias, como visitante: Derrota para o Bahia, Vasco, Flamengo; Empate com Santos; Derrota para Atlético/PR, Atlético/MG, Goiás; Empate com Corinthians.


O Inter enfrentou um Bahia em crise. Com técnico já demitido, porém comandando o time no certame, jogadores “refugo”, time assim não tem como ir para à frente. Um time que ano passado, o Inter não venceu em nenhuma das duas vezes que se encontraram no brasileirão, mas ano passado foram tantas derrotas para times fracos que já era de costume.

Mas o jogo em si foi muito ruim. Poucas jogadas e chances, o gol coroou uma partida bizarra, e o gol não foi muito diferente.

Um primeiro tempo fraco, difícil achar um time que tenha sido superior no mesmo. Porém o Bahia teve uma ligeira superioridade, o Inter não se encontrava em campo, parecia desentrosado, e certamente sentindo a falta do chileno, Aranguiz.

O Inter voltou para o segundo tempo sem D’alessandro por conta de uma dor na coxa. Ali se via que às coisas ficariam difíceis, mas do que já estava. O jogo continuou fraco. O Inter conseguiu ter uma leve superioridade no segundo tempo, e por decorrência saiu o gol colorado.

Um lance altamente esquisito. Wellington Silva – até então, muito criticado – chutou forte de esquerda de fora da área, e o Marcelo Lomba, arqueiro baiano, aceitou. Ali se decidia o jogo.

O jogo estava tão abaixo da média, que qualquer lance, que resultasse em gol, decidiria a partida. Dito e feito.

O Inter jogou mal, mas o importante nisso tudo foram os três abençoados pontos, que deixou – provisoriamente – o Inter de vice-líder do Campeonato brasileiro, logo atrás do arrasador Cruzeiro. Um time que quer ser campeão tem que vencer jogos assim.

Cotação:

Dida: Quase nem foi acionado, como mesmo disse o Abel. Nota – 5

Paulão: Quase impecável, fez mais uma grande partida. Nota – 6

Juan: Panela velha é que faz comida boa! Cada jogada, cada desarme providencial, feito por ele, que salva o Inter de poucas, e boas. Passa uma segurança que o torcedor colorado precisa. Nota – 8

Wellington Silva: Quero ver a cara dos corneteiros: Ele mesmo já admitiu que tem problemas na marcação, e que seu forte é apoiar. E sabe apoiar muito bem, graças a esse seu forte o Inter venceu ontem. Tá certo que o goleiro falhou, porém senão fosse ele arriscar, fazer toda aquela jogada o gol não teria saído. Nota - 9

Fabrício: Mesmo com seus colapsos, e algumas vezes falta de vontade, serve muito ao Inter, é esforçado, e quando quer ajuda muito o time. Nota - 7

Willians: O protetor da zaga, o ladrão de bolas, o jogador com folego interminável! Fez uma partida segura, sempre com sua raça, e disposição, mas com seus lançamentos absurdos, que não tem necessidade. Nota - 6

Wellington: Se aventura muito ao ataque, porém faz uma baita dupla com o Willians, mas o Aranguiz faz muita falta, é difícil substituir o chileno. Nota – 7

Alex: A volta dele foi um acréscimo ao time colorado. A cada dia voltando a ser o aquele Alex de antigamente. Arriscou bastante, tentou fazer a função do D’ale, sempre chamando a responsabilidade. Nota – 8

D’alessandro: Pouco conseguiu fazer, por culpa do forte calor, talvez, ou por ter sentido a coxa, mas fez falta na equipe colorada, quando ele não consegue contribuir e produzir, as coisas não andam. Nota – 6

Rafael Moura: Ele é um típico centroavante, ou faz gol e brilha na partida, ou fica apagado o jogo inteiro. Dessa vez ficou apagado o jogo inteiro, talvez pela boa marcação do time baiano. 

Texto de Nelson Junior